Um levantamento recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na quarta-feira (21), apresentou novos dados sobre o crescimento dos Microempreendedores Individuais (MEI) no Brasil, destacando que essa é a categoria empresarial que mais cresce no país, além de traçar o perfil de sobrevivência dessas empresas.

A pesquisa, com dados até 2022, mostrou que o número de MEIs chegou a 14,6 milhões no país, um aumento significativo em relação a 2021, quando havia 12 milhões de registros. Isso representa um crescimento de 2,6 milhões de novos microempreendedores em apenas um ano, impulsionado em grande parte pelo alto número de demissões durante a pandemia de Covid-19.

O IBGE identificou que, entre os novos inscritos como MEI, 1,7 milhão foram desligados de suas empresas, sendo que 1 milhão foram demitidos, com ou sem justa causa. Esses dados reforçam que a maioria desses empreendedores entrou na categoria por necessidade.

Entre 2020 e 2022, cerca de 7 milhões de trabalhadores aderiram ao MEI, o que significa que quase metade (48,6%) dos microempreendedores existentes no Brasil surgiram nesse período de três anos.

Em relação à taxa de sobrevivência, a pesquisa revelou que 80% dos MEIs estabelecidos em 2019 continuaram ativos três anos depois. Esse dado indica uma alta resiliência entre os microempreendedores.

O levantamento também mostrou que o estado de São Paulo concentra a maior quantidade de MEIs, representando 27% do total do país, com cerca de 4 milhões de registros na categoria.

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